terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Os Pilares da Terra (volume I), de Ken Follett

Editora: Rocco

ISBN: 978-85-3250-075-5

Tradução: Paulo Azevedo

Opinião: ★★★☆☆

Páginas: 496

Sinopse: Emocionante, complexo, pontilhado de coloridos detalhes históricos, Os pilares da terra traça o painel de um tempo conturbado, varrido por conspirações, jogos intrincados de poder, violência e surgimento de uma nova ordem social e cultural. A figura que melhor expressa os ideais que inspiraram Ken Follett a escrever este livro é Philip, prior de Kingsbridge, um homem que luta contra tudo e todos para construir um templo grandioso a Deus. Mas a galeria de personagens que gravitam em torno da catedral inclui Aliena, a bela herdeira banida de suas terras, Jack, seu amante, Tom, o construtor, William o cavaleiro boçal, e Waleran, o bispo capaz de tudo para pavimentar seu caminho até o lugar do Papa, em Roma. Como painel de fundo, uma Inglaterra sacudida por lutas entre os sucessores prováveis ao trono que Henrique I deixou sem descendentes. Épico que consegue captar simultaneamente o que acontece nos castelos, feiras, florestas e igrejas, Os pilares da terra é a recriação magistral de uma época que nossa imaginação não quer esquecer.

 


“Houve um tempo, se é que se podia acreditar na lenda, em que os monges eram iguais em tudo. Um grupo de homens decidia voltar as costas ao mundo do apetite carnal e construir um santuário numa região erma, onde poderiam viver a vida de orações e desprendimento; e assumiam uma nesga de terra árida, limpando a floresta e drenando o pântano, aravam o solo e construíam sua igreja. Naquele tempo eram realmente como irmãos. O prior, como seu título indicava, era apenas o primeiro entre iguais, e eles juravam obediência perante a regra de São Bento, e não a autoridades monásticas. Mas tudo o que restara agora da antiga democracia era a eleição do prior e do abade.”

 

 

“Ele parecia gostar de Philip mas ao mesmo tempo desconfiar dele, como um pai cujo filho esteve na guerra e voltou para casa com uma espada na cintura e um brilho ligeiramente perigoso no olhar.”

 

 

“A conversa sobre a mulher dele fora tocante, revelando uma piedade que até então não se evidenciara. Era uma dessas pessoas que guardam a fé religiosa no fundo do coração. Às vezes são as melhores.”

 

 

“É notório que os reis se tornam piedosos à medida que envelhecem. Estêvão ainda era jovem.”

 

 

“Não se pegam as heresias dos outros como se pegam suas pulgas.”

 

 

“Deixe-me dizer-lhe uma coisa com toda sinceridade. Um homem esperto não a empregaria como serva. Você está acostumada a dar ordens, e verá que é muito difícil estar do lado de quem as recebe. – Aliena abriu a boca para protestar, mas ele ergueu a mão para detê-la. – Oh, sei que você está disposta a trabalhar. Mas durante toda a sua vida os outros a serviram, e até mesmo agora, no fundo do coração, você sente que as coisas deveriam ser arranjadas de modo a satisfazê-la. As pessoas nascidas nas classes mais altas dão maus servos. São desobedientes, ressentidas, imprudentes, suscetíveis e pensam que estão trabalhando duro mesmo que estejam trabalhando menos que todos os outros.”

 

 

Fazer um juramento é pôr uma alma em risco, dizia ele. Nunca faça um juramento, a menos que tenha certeza de que preferirá morrer a não cumpri-lo.”

 

 

“Por que as pessoas fabricavam problemas quando já havia tantos no mundo?”

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