sábado, 3 de fevereiro de 2018

Como ser abençoado? – Silas Malafaia

Editora: Central Gospel

ISBN: 978-85-7689-144-4

Opinião: ★★☆☆☆

Páginas: 58

Sinopse: Uma das buscas de todos os cristãos é ser abençoado. Porém o que se percebe é que o entendimento sobre Bênção é muito vago e diferente para cada indivíduo.

Muitas vezes o indivíduo já é abençoado porém não percebe. Ser um cristão, por si só, já é uma bênção de Deus, tendo em vista a salvação e todas as bênçãos inerentes. A despeito de terem consciência disso, muitos seguidores de Cristo ainda se perguntam sobre como alcançar as bênçãos divinas e ter a vida abundante que o Senhor lhes prometeu; como, em meio às lutas e adversidades, devem posicionar-se, a fim de que as promessas reveladas nas Escrituras se cumpram na vida deles; que princípios fundamentais precisam observar para, de fato, tornarem-se cristãos melhores e mais prósperos.



“Particularmente, não sou contra a manifestação dos dons espirituais em nosso meio. Creio em Deus e nos dons. Sei como o Senhor pode falar ao homem por meio de sonhos, revelações, profecias, usar Seus servos para alertar, consolar e animar outros. Mas também sei que a maior revelação de Deus é Sua Palavra e que Ele a usa comumente para falar ao Seu povo, alicerçá-lo e dirigi-lo. Logo, o que condeno é a hipervalorização dos dons, que leva certos cristãos a preferi-los em detrimento da Palavra, especialmente quando os “revelamentos” e as “profetadas” opõem-se aos ensinamentos bíblicos.

Essa supervalorização tem levado o povo de Deus a dois outros problemas: a arrogância e a autossuficiência. Assim, em vez de os dons e talentos serem vistos como um sinal da presença do Senhor na vida dos cristãos, operando no meio deles e por intermédio deles, e levando-os a uma reverência maior em relação a Deus e à dependência dele, tem levado alguns a pensar que estão em um nível, um patamar, acima do normal, porque cantam bem, tem uma boa retórica, argumentação, conhecimento intelectual da Palavra, falam em línguas estranhas ou já foram usados para trazer alguma revelação importante a alguém ou à Igreja como um todo.

É assim que uns, envaidecidos, chegam a pensar que podem agir independentes da ação do Espírito, que são autossuficientes, que sabem tudo, ou que Deus precisa muito deles, para Sua obra andar. Alguns imaginam: “Se eu não dirigir esse coral, se eu não liderar esse departamento, se eu não coordenar esses diáconos, coitadinho desse pastor ou da igreja”.

Eu tenho visto muitos pregadores excelentes, com ministérios gigantescos, caírem por causa da soberba. Ela realmente precede a queda (Provérbios 16.18). Precisamos ter muito cuidado com o orgulho, a presunção!”

 

 

“Se quer ser um cristão mais próspero, obedeça ao Senhor e aos princípios que Ele estabeleceu para a prosperidade de Seu povo. Não sonegue o dízimo nem as ofertas.”

 

 

“Outra forma de fazer o bem é ajudar a suprir as necessidades de nosso próximo.

Em Provérbios 19.17 (NTLH), é dito:

Ser bondoso com os pobres é emprestar ao Senhor, e ele nos devolve o bem que fazemos.

No Salmo 41.1-3, há promessas maravilhosas para o que se compadece dos aflitos e os socorre na adversidade:

Bem-aventurado é aquele que atende ao pobre; o Senhor o livrará no dia do mal. O Senhor o livrará e o conservará em vida; será abençoado na terra, e tu não o entregarás à vontade de seus inimigos. O Senhor o sustentará no leito da enfermidade; tu renovas a sua cama na doença.

E, em Provérbios 11.24,25, 28 (NVI), há revelações tremendas acerca da generosidade:

Há quem dê generosamente, e vê aumentar suas riquezas; outros retêm o que deveriam dar, e caem na pobreza. O generoso prosperará; quem dá alívio aos outros, alívio receberá. Quem confia em suas riquezas certamente cairá, mas os justos florescerão como a folhagem verdejante.

É impressionante! Tem gente que pensa que vai ter mais se retiver além do necessário; e, para guardar o que têm, faz qualquer coisa. Mas a Palavra de Deus nos ensina que quem retém mais do que é devido é para seu próprio mal, para sua própria perdição.

Sabe por que os egoístas e avaros caem em condenação, e os justos florescem como a folhagem verdejante? Porque os primeiros confiam nas riquezas perecíveis desta terra, que lhes dão uma falsa sensação de segurança, enquanto os justos confiam no Senhor como Provedor deles, e abrem a mão para compartilhar o que têm e abençoar outros que estejam necessitando. Deus se agrada disso, e põe mais riquezas nas mãos daqueles que são liberais e refletem Seu caráter misericordioso e generoso.

Em Lucas 6.38, Jesus deu uma instrução importante:

Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando vos darão; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo.

Isso vale para nós em qualquer circunstância e diz respeito a ajudar os outros, tanto concedendo-lhes um prato de comida, provendo-lhes uma cesta básica, pagando uma conta atrasada, dando um bom conselho, um ombro amigo, como ofertando para uma igreja ou um ministério anunciar as boas-novas de salvação a quem está perecendo sem Jesus.

É necessário apregoar o evangelho a toda a criatura, pois essa Palavra pode penetrar no coração do homem, desnudá-lo, sará-lo, libertá-lo e transformar sua mentalidade, de modo que sua vida seja mudada para melhor. E essa mudança num um indivíduo se refletirá em sua família, em seu grupo social e em toda a sociedade, como uma onda de benignidade que se espalha no oceano das relações sociais.

Aliás, é impossível dissociar vida cristã de princípios fundamentais como a obediência, o amor, a liberalidade e a generosidade. Aqueles que amam o dinheiro e as riquezas não conseguem amar Deus, socorrer o necessitado, ofertar para a obra evangelística. Quem ama o dinheiro não é liberal nem generoso.

Como observou o apóstolo Paulo, o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores (1 Timóteo 6.12).

Note que Paulo não disse que o dinheiro é mau, mas que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males, porque esse apego excessivo ao dinheiro leva a pessoa a idolatrar os bens materiais, a amar as riquezas e a usar as pessoas, em vez de amar as pessoas e usar o dinheiro.

Você tem amado o dinheiro ou as pessoas? Que fruto tem produzido para Deus? O que você tem oferecido para Ele? Como tem contribuído para a divulgação do evangelho e para o engrandecimento do Seu Reino?

O cristão não é conhecido pelos dons, mas pelo fruto. O cristão não é conhecido pela quantidade de línguas estranhas que fala ou pelo número de profecias que entrega. É pelo fruto que produz.

O dom é algo de Deus para o homem. Todo dom perfeito vem do alto. Deus dá a quem quer, ou seja, é uma questão relativa à soberania do Criador. Já o fruto é algo que o Espírito Santo produz com a vontade, a participação do homem.

Eu e você precisamos ser passivos ao Espírito de Deus para que o amor, a alegria, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão e o domínio próprio sejam produzidos em nós e o caráter de Deus seja revelado às pessoas com quem convivemos.

Você deseja servir a Deus e cumprir bem a missão que Ele lhe designou? Ajude a suprir as necessidades de seu próximo. Invista em pessoas. Quem investe em pessoas está investindo no Reino de Deus, pois não foi para salvar bancos, instituições nem prédios que Jesus derramou Seu sangue na cruz. Foi por pessoas pecadoras que necessitavam ser resgatadas da sua vã maneira de viver, pois estavam longe do Criador, perdidas, miseravelmente enfermas pelo pecado; como disse Paulo, estavam mortas em seus delitos e pecados. E o Senhor conta conosco na tarefa de evangelizá-las e cuidar delas, para que cresçam na graça e no conhecimento de Deus, tornem-se abençoadas e abençoadoras.”

 

 

“(...) Então, pude entender por que o diabo estimula o egoísmo no coração das pessoas: para que elas não invistam no Reino de Deus, a obra de evangelismo enfrente dificuldades, o testemunho cristão fique comprometido pela falta de compaixão e para que os cristãos não sejam abençoados por Deus com a prosperidade financeira, e não possam contribuir com a Igreja.

Não deixe de dar o seu dízimo regularmente no local onde congrega. Não pare de socorrer o aflito no dia mau nem de enviar ofertas para os ministérios com os quais coopera, pois, quando você contribuiu com suas ações, orações e ofertas para ajudar na obra de Deus, recebe bênçãos espirituais, emocionais e materiais.”

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